21 de abril de 2005

Pesquisa - Contexto Histórico do Tempietto

Renascimento



Movimento cultural e científico ocorrido na Europa pós medieval, entre os séculos XV e XVI, que atingiu se apogeu entre 1495 e 1520.

Caracterizou-se pelo desenvolvimento do Antropocentrismo, que colocava o homem como centro de todas as coisas, em oposição ao Teocentrismo que vigorou durante toda a idade média. Esta nova mentalidade possibilitou desenvolver as bases da ciência moderna, onde a verdade é obtida pela experimentação, pela razão, buscando separar a razão da fé.

O desenvolvimento das ciências, das artes e da literatura trouxe grande aumento dos conhecimentos da matemática e da geometria, a descoberta da perspectiva, a descoberta de manuscritos antigos e os estudos sobre a linguagem clássica greco-romana, permitindo sua releitura não só como padrão estético de beleza e perfeição, mas agora com bases científicas e com a aplicação de novas técnicas e materiais.

Esta valorização da linguagem clássica neste momento de desenvolvimento permite a experimentação de novas formas de representação arquitetônica, baseadas nos princípios da antiguidade, mas genialmente adaptadas a esta nova fase.

Em meados do século XV, Roma é um pequeno centro abandonado e empobrecido pela longa ausência do poder papal. Ao contrario, Florença, Nápoles e Veneza são grandes cidades, totalmente desenvolvidas e aparelhadas.

Os papas retornam a Roma em 1420 e assumem pleno controle da cidade em 1453. Em 1455, Nicolau V estabelece o programa do governo papal: reconstruir a cidade, transformando-a em um grande centro moderno, sob autoridade do papa, restaurando as benfeitorias antigas ( muros, ruas, pontes, aquedutos), recuperando antigos monumentos e atribuindo-lhes novos usos – o Panteão se transforma em igreja, o Capitólio passa a ser a sede administrativa, restaurando as basílicas cristãs e visando a construção da cidadela da corte papal nas colinas do Vaticano, nas proximidades de São Pedro.

Mas durante o século XV, o poder político e econômico papal não permitiram que este programa fosse colocado em prática. Roma continua a ser um centro secundário e dependente das cidades mais aparelhadas, como Florença. Para obras arquitetônicas, utilizam artistas de segundo plano, mas para cobriri de afrescos a Capela Cistina, manda vir de Florença os melhores pintores.

Somente no final do século a construção se intensifica, para a preparação das comemorações do Ano Santo de 1500. Sisto IV manda reconstruir S. Pietro em Montorio e S. Pietro em Vincoli. Coloca novamente em funcionamento a ponte Sisto e restaura o Capitólio. Nesta época, em 1499, chega a Roma o célebre arquiteto Donato Bramante, que nos primeiros trabalhos pequenos para os quais fora contratado, mostra claramente sua busca pelos modelos antigos, manifestando o programa de um novo classicismo rigoroso.




Bibliografia:
- Summerson, John – “A Linguagem Clássica da Arquitetura”, Ed. Martins Fontes.
- Benevolo, Leonardo – “ História da Cidade” – Ed. Perspectiva.
- Enciclopédia Brasileira - site
- outros sites.





Lydia Aguiar

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